29.6.09

Sonhos que sonhei

Estava a entrar na minha antiga escola primária. O derradeiro teste, exame era ali com os meus colegas e a minha querida professora. Lembro-me de como achei aquilo tudo estranho. Tinha o meu aspecto físico de hoje e todos eles tinham o aspecto físico actual, só a Marília (a professora) é que tinha o mesmo ar daqueles tempos. Estava sentada na cadeira de sempre à nossa espera.
Abri a porta azul escura debruada a azul bebé, típica daquela escola, e ela sorriu-me. Senti naquele instante que ela tinha acabado de me reconhecer e achei que o tempo não tinha passado por ela, que estava vistosa e bem arranjada como sempre, os mesmos lábios carnudos e a mesma cor de batom. Parei, antes mesmo de ela se dirigir a mim, absorvi aquele cheiro típico da escola primária e olhei-os a todos, um a um...
Fizemos o exame e assim de repente passei para outro cenário. Desta feita já estava com uma actual colega de universidade numa escola secundária da minha cidade, uma escola onde eu nunca estudei. Tínhamos que fazer uma prova mais artística, não sei bem porquê. Lembro-me que estávamos a escalar uma espécie de montanha de areia muito alta, tão alta que eu não aguentava com tantas vertigens e tinha medo de escorregar a qualquer instante, mas consegui chegar ao local da prova.
Era um armazém open space, um pouco degradado. Lá dentro estavam eles todos, os meus colegas da primária. A professora que nos esperava já não era a Marília, era outra, por sinal, arrogante, que me disse para procurar uma cadeira, não havia nenhuma, mas só ao fim de um tempo descobri uma pequenina em madeira, daquelas mesmo de primária, que cambaleava. Sentei-me e fiquei à espera.
Entretanto entraram pelo armazém dois jamaicanos. Também eles ficaram muito admirados de não haver cadeiras e eu própria lhes disse que se tinham de sentar no chão. Um deles olhou com um ar enojado para as paredes do armazém sujas e para o chão areado, mas sentou-se à minha frente e ficámos numa conversa entusiasmada até que eu acordei.

1 comentário:

Laidita disse...

Onde o nosso subconsciente nos leva! Um verdadeiro filme! :)

 

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